Com risco natural controlado após desastre, turistas voltam aos cânions
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Publicado em 05/06/2023
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Depois de acidente fatal com desabamento em Capitólio, vigilância sobre processos naturais de erosão e fraturas está entre as medidas para proteger visitantes
Capitólio e São José da Barra – O fluxo de embarcações e turistas em cânions que margeiam o Lago de Furnas, no Sul de Minas, foi quase completamente retomado com medidas de segurança adotadas depois que o desabamento de uma encosta matou 10 pessoas e feriu 27, em 8 de janeiro de 2022, em Capitólio. Mas o perigo não foi definitivamente afastado. Segundo geólogos e a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), o tipo de rocha quartzítica que forma os paredões continua em processo de erosão.
Mais partes dos paredões podem se desprender a qualquer momento, o que exige monitoramento diário, avaliam especialistas. No próprio Cânion de Capitólio, onde ocorreu o acidente, há seções em que as falhas e o pronunciamento de rochas é visível, por uma garganta que permite a passagem em larguras que variam de 30 a 50 metros de margem a margem.
“A erosão das rochas é contínua, um processo natural. A tendência é mesmo que venham a cair, só não se sabe quando. Por isso, é importante o monitoramento diário que os geólogos das prefeituras fazem, o controle das embarcações que entram, o impedimento de acesso (de embarcações e turistas) com chuvas ou condições desfavoráveis”, afirma o delegado regional da Polícia Civil, Marcos Pimenta.
O policial presidiu o inquérito que apurou o acidente e concluiu, a partir de escaneamentos, medições, testes, perícias e levantamentos geológicos, que o desabamento foi natural. “Mas, a partir disso, pudemos ver que as coisas estavam muito desorganizadas e apareceram outras irregularidades. Por isso, sugerimos 10 medidas para trazer mais segurança aos turistas”, destaca o policial.