Operação conjunta resgata 12 trabalhadores rurais em condições análogas à escravidão em MG
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Publicado em 18/05/2023
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Doze trabalhadores rurais foram resgatados em uma operação de combate ao trabalho análogo à escravidão em fazendas de três cidades do Sul de Minas. Uma das vítimas trabalhava há mais de 30 anos para o fazendeiro sem qualquer documentação.
A operação conjunta entre a Subsecretaria de Inspeção do Trabalho, vinculada ao Ministério do Trabalho, a Polícia Rodoviária Federal e o Ministério Público do Trabalho aconteceu no dia 8 de maio, mas só foi divulgada nesta quarta-feira (17). Os resgates aconteceram em Conceição das Pedras, Três Pontas e Campo do Meio.
Em Conceição das Pedras, foram resgatados cinco migrantes da Bahia, que teriam sido aliciados pelo empregador e alojados em condições consideradas degradantes. Não havia fornecimento de água potável e eles bebiam e utilizavam água das nascentes da propriedade.
Ainda conforme o MT, os alimentos não perecíveis ficavam armazenados em engradados de bebidas em vários locais do alojamento. Após abertas, as embalagens permaneciam ao alcance de roedores e outros animais, entre outras irregularidades.
Em Três Pontas, foram resgatados seis trabalhadores que também não tinham acesso à água potável. A água utilizada era levada pelos trabalhadores em garrafas térmicas.
Ainda segundo o MTE, os trabalhadores tinham que levar as marmitas de casa que ficavam armazenadas em mochilas, ou seja, fora de um local apropriado. Eles faziam as refeições no meio da lavoura.
Em Campo do Meio, foi identificado um trabalhador com mais de 60 anos de idade que trabalhava há mais de 30 anos na mesma fazenda sem carteira assinada. Ele residia em um barraco de três cômodos na sede da fazenda, em condições degradantes.
Após assinaturas de termos de ajustamento de conduta, os empregadores foram obrigados a pagar mais de R$ 190 mil em verbas indenizatórias aos trabalhadores.