Papa Francisco é presenteado com cachaça de Piumhi
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Publicado em 22/08/2022
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Dono do alambique onde a cachaça “Vale da Canastra” é produzida, diz estar satisfeito com o produto nas mãos da maior autoridade católica do mundo.
Na primeira semana de agosto, uma brasileira de São Paulo em viagem ao Vaticano, presenteou o Papa Francisco com uma garrafa de cachaça, como ato descontraído, em alusão à fala dele sobre os brasileiros em 2021: “Não tem salvação. Muita cachaça e pouca oração”.
O presente saiu diretamente do alambique do empresário André Guimarães, que há 15 anos trabalha com o rótulo “Vale da Canastra”. Um produto legalizado, com selo de autenticação, artesanal e com tamanhos variados, ideais para presentes, como a garrafa de 270 ml, que chegou até o Papa.
Segundo o empresário, se depender do aroma e sabor do destilado, o Papa Francisco vai querer bem mais que uma só garrafa. “De qualidade a gente entende e se ele tomar nem que seja para abrir o apetite vai mandar buscar mais, com certeza”, declarou.
Presente ao Papa
O presente ao Papa foi dado pela Brasileira de São Paulo, Cristina Chain, que integrou um grupo de 180 jovens de dez países ao redor do mundo, em uma visita a Roma, na Itália.
A cachaça foi entregue ao pontífice no dia 6 de agosto, em uma programação de audiência privada com o líder católico. Enquanto, muitos levaram presentes como crucifixos, bandeiras e imagens, Cristina surpreendeu com uma garrafa de cachaça mineira com o rótulo fictício “Muita Oração – Pouca Cachaça” e um cartão com a mesma frase e a bandeira do Brasil, em referência a declaração de Francisco, em 2021, quando disse em tom de brincadeira, que “O Brasil não tem jeito, é muita cachaça e pouca oração”.
Se engana quem pensa que foi um processo tranquilo entregar a garrafa ao Papa. Cristina conta que fez a tentativa sem a menor ideia de que pudesse dar certo.
“O Vaticano não explicou bem os protocolos e não sabíamos quão próximos estaríamos dele ou se teríamos contato direto. Dormi super mal na noite anterior e, no caminho, lembrei que teria de passar pela revista, em que não era permitido entrar com líquidos ou vidro. Na fila, a perna já balançava, “grudei” no padre responsável pelo grupo, na esperança dele me ajudar caso tivesse problemas na entrada, mas quando passei no raio-x me deixaram passar direto”, comentou a idealizadora do presente.
A brasileira lembra que a reunião durou cerca de uma hora e, ao final, todos puderam cumprimentar pessoalmente o pontífice. “Na minha vez, me aproximei, mostrei o cartão e a garrafa, disse que o Brasil lhe desejava muita oração, mas só um pouco de cachaça. Ele deu uma larga risada, jogando a cabeça para trás e agradeceu abençoando nosso país. Sai nas nuvens”, completou a jovem.
Critério para escola da cachaça
A escolha da cachaça ideal seguiu uma série de critérios, como conta Cristina, que comprou a garrafa pela internet. Ela teve o cuidado de pesquisar por vários dias, o melhor produto. Afinal, o presenteado seria entregue ao maior líder do catolicismo no mundo.
“Fiz várias pesquisas seguindo vários critérios. Quis uma cachaça legalizada, com todas autorizações e selos de segurança, que fosse artesanal e de uma região bacana. Por fim, cheguei nessa cachaça, a Vale da Canastra”, contou.
Orgulho do produtor
Satisfeito com a escolha de Cristina, o empresário André, segue agora, mais orgulhoso do que nunca da produção que ele sempre fez questão de presar pela qualidade.
“Fico imensamente feliz com a escolha e, mais ainda, em saber que houve critério, pois de fato, é uma produção muito rigorosa. Agora vamos ter o selo do Papa atestando ainda mais nossa qualidade. Vou fazer questão de mostrar a todos os clientes que temos na empresa uma cachaça que chegou até o Papa. É a nossa pinga abençoada”, brincou o produtor.