Um policial militar do Paraná matou oito pessoas na madrugada desta sexta-feira (15), entre elas sua mãe, três filhos, a esposa e um irmão, segundo informações preliminares de veículos regionais. Fabiano Júnior García, de 37 anos, não teria aceitado a separação da esposa, além de dívidas, e o crime teria sido premeditado, acredita a Polícia Militar do Paraná (PMPR). No caminho entre os locais onde ocorreram os assassinatos, ele enviou mensagens a familiares.
Ele não tinha histórico que indicasse transtornos mentais e era um “excelente policial”, com 12 anos de carreira, descreveu o coronel Hudson Leôncio Teixeira, comandante-geral da Polícia Militar do Paraná (PMPR), em coletiva de imprensa nesta sexta.
Fabiano trabalhou normalmente até as 19h durante a quinta-feira (14). Ele teria matado, primeiro, a esposa, de 18 anos, e a enteada, de 12, em Toledo. Depois, seguiu para a casa da mãe, de 78 anos, onde a matou a facadas e assassinou um irmão, de 50 anos, a tiros. Em seguida, o homem foi até a cidade vizinha Céu Azul e matou os dois filhos, de 4 e 9 anos. Ele também matou a tiros dois jovens, de 17 e 19 anos, que passavam pela rua.
O coronel Hudson Leôncio Teixeira, comandante-geral PMPR, ressaltou que Fabiano era um policial destacado: “A função que ele exercia era de confiança, são escolhidos os melhores policiais para essa função. [O caso] nos causou estranheza, surpresa e decepção”, afirmou, durante coletiva de imprensa. Ele enfatizou que os militares têm acesso a atendimento psicológico.
A corporação também divulgou uma nota: “A Polícia Militar está consternada e lamenta profundamente o ocorrido nas cidades de Toledo-PR e Céu Azul-PR. O policial militar que prestava serviços no 19º Batalhão em Toledo não tinha histórico que pudesse indicar problemas psicológicos e atuava como motorista do Coordenador do Policiamento da Unidade. Desde dezembro de 2020 a região conta com o apoio do programa PRUMOS, que disponibiliza atendimento psicológico e social aos militares e dependentes, com profissionais contratados para atuar nas Organizações Policiais Militares”.
