Capitólio adota nova rotina após acidente e fim da interdição
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Publicado em 11/07/2022
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Desde março, quando terminou a interdição dos cânions de Capitólio, iniciada em 8 de janeiro após a queda de um paredão que provocou a morte de dez pessoas, especialistas contratados pela prefeitura do município fazem um monitoramento diário das rochas e, somente depois da análise, é que os passeios são liberados.
O secretário de turismo de Capitólio, Lucas Arantes Barros, falou sobre o trabalho que está sendo feito para garantir segurança aos frequentadores no Lago de Furnas.
“Um monitoramento diário é feito por uma empresa de geólogos que foi contratada pela prefeitura. Eles fazem o monitoramento todos os dias, com anotações e registro fotográfico. Estando tudo certo neste monitoramento, a equipe nos avisa e autorizamos o acesso das embarcações. Até agora, desde março, tivemos todos os dias a permissão para funcionar diante dos levantamentos da situação dos cânions”, explica.
O município também estipulou novas diretrizes para o acesso de turistas no lago. Desde março, as embarcações não podem mais se aproximar dos cânions. Foi definido um limite para garantir a segurança dos profissionais e turistas nas lanchas.
A Marinha do Brasil, por meio da Delegacia Fluvial de Furnas (DelFurnas), também faz o monitoramento frequente e fiscalização das embarcações no Lago de Furnas.
“A Marinha do Brasil fiscaliza e ordena, rotineiramente, o tráfego aquaviário nas águas interiores de Minas Gerais, a fim de garantir a segurança da navegação, a proteção da vida humana no mar e a prevenção da poluição ambiental provocada por embarcações, conforme previsto na Lei n° 9.537/97 (Lesta) e no seu regulamento, Decreto n°2.596/1998 (RLesta), que estabelecem as atribuições e competências da Autoridade Marítima”, informa a corporação.
No dia em que a tragédia completou um mês, a prefeitura de Capitólio fez o lançamento do projeto “Reviva Capitólio – Viva o Mar de Minas”. Um total de 80 ações e investimento de R$ 5 milhões visam recuperar e garantir a segurança do turismo na região com este projeto.
As ações são integradas com Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), além das prefeituras de Capitólio, São José da Barra e São João Batista do Glória, polícias Militar (PM) e Civil, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Marinha do Brasil, Instâncias de Governanças Regionais (IGRs), Sebrae, Fecomércio, Sesc, Senac e sociedade civil. A ação também faz parte do programa Reviva Turismo do Governo de Minas.
“Temos todos os segmentos turísticos, não só o náutico, mas o de aventura, ecoturismo, o cicloturismo. Nossa região tem uma potencialidade grande para explorar esses novos segmentos. Esse projeto traz força para direcionar e potencializar esses caminhos. Ficamos felizes com os investimentos que serão feitos, os recursos que estão sendo captados para trabalhar essa iniciativa. É uma conquista para a região nesse momento de recuperação”, destacou o prefeito de Capitólio, Cristiano Gerardão.
No dia 30 de março o prefeito anunciou a desinterdição parcial dos cânions e falou sobre um plano de segurança que foi elaborado para que o local. O prefeito de Capitólio assinou decreto que permite acesso parcial aos cânions, com 10 recomendações constam no decreto de reabertura parcial, que inclui ainda, um termo de reconhecimento de riscos sobre o turismo na natureza.
Segundo o documento, o acesso deve ocorrer de forma controlada, com redução de fluxo, respeitando limites de distanciamento dos paredões, a entrada das embarcações no atrativo cânions, devendo ser seguidas medidas como delimitação de circuito para embarcações, proibição expressa de circulação para além das boias de determinação, proibição de som mecânico de qualquer natureza em qualquer volume dentro e na entrada do atrativo, navegação a três nós, proibição de entrada de embarcações acima de 32 pés, horário de funcionamento do atrativo de 9h às 16h, segunda-feira a sexta-feira e de 8h às 18h nos finais de semana e feriados, uso de capacete de segurança; visando preservação do crânio em caso de deslocamento de pequenos fragmentos ou quedas dentro da embarcação deverá seguir especificação presente no decreto, sendo irrelevante a cor e outras.