Projeto de lei quer colocar regras para compra e venda de fios de cobre em Passos
Tecnologia
Publicado em 21/06/2022
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Um projeto de lei aprovado em Passos (MG) quer colocar regras para o comércio de compra e venda de fios de cobre. Em 2 anos, cerca de 1 tonelada desse material foram furtados na cidade. Mais de 50 pessoas foram presas durante esse período.
O furto de fios de cobre tem se tornado uma prática cada vez mais comum na região. Os criminosos furtam os fios, tiram o cobre e revendem o material. O cobre então é derretido, se transforma em um lingote e depois é vendido para a indústria, que faz os fios novamente. Um ciclo que parece não ter fim.
“O material é subtraído na rua, na casa das pessoas, chega na indústria de base, a indústria de base devolve para o comércio e às vezes a pessoa que foi vítima de um furto de cobre vai la no comércio e compra esse material que se originou de maneira ilícita”, explicou o delegado Felipe Capute.
Em novembro de 2021, mais de 1,6 mil doses foram perdidas na cidade depois que a fiação de uma unidade de saúde foi roubada, entre elas 190 vacinas contra a Covid.
Prejuízo também na Apae. Equipes da instituição se esforçaram para salvar alimentos e remédios por falta de energia elétrica após o furto de fios. Na Praça Central de Passos, pelo menos seis postes também tiveram a fiação furtada.
“O impacto desse tipo de crime não é pontual, impacta toda a coletividade nesse sentido de que o cidadão pode ficar sem algum tipo de atendimento de um serviço público urgente, ou o comerciante tem que permanecer com o seu estabelecimento fechado até restabelecer a energia do seu estabelecimento”, completou o delegado.
Só o Teatro Rotary foi furtado três vezes neste ano, o que deixou um prejuízo de R$ 12 mil.
“Nós ficamos quase 50 dias com o teatro fechado, isso a gente teve que realocar o curso de teatro, realocar ensaios, pra gente é um prejuízo enorme, a gente teve que modificar a parte estética do teatro. A gente teve que soldar duas barras azul, fazer uma gaiola, colocar concertina, o que descaracteriza o espaço cultural, ficou mais parecido com um presídio, infelizmente”, disse o diretor teatral Maurílio Romão.